Eu não conheci minha avó por parte de pai...Na verdade, prestando atenção, conheço muito pouco sobre a família do meu pai... Sei o nome dos pais dele, dos irmãos e sobrinhos...e Nada mais...
Meu Pai nasceu no RS, e no início da década de 70 foi pro Pará, para trabalhar pelo INCRA para a construção da TRANSAMAZÔNICA, lá conheceu minha mãe, e por lá ficou...ficou e foi ficando....
Diz a lenda, que meu Pai (seu nome era Ingo), era noivo no Rio de Janeiro, com um moça chamada Valéria, e que foi trabalhar no Pará e já era... Minha mãe, fisgou o forasteiro... Ouvi falar que minha mãe mandou derreter a aliança de ouro de noivado do meu pai com a tal Valéria, e fez um brinco pra ela...
Mas da familia da minha mãe, conheci uma pancada de gente... Meu avô Tote, minha avó Nydia, os irmãos deles, os irmãos dela, um moooooooonte de sobrinhos, primos e agregados...
Meus avós Tote e Nydia, moravam em Itaituba, uma cidade no interior do oeste paraense, as margens do rio Tapajós...a casa do meu avô era daquelas casas antigas, que tem a porta da frente já na calçada (sem grades, sem jardim, sem portão) e um corredor longo e escuro...
Tenho algumas lembranças de passar dias nessa casa... lembro de um quarto que onde eu dormia, não tinha janela, e para receber a luminosidade do dia, tinha telhas de vidro transparente, lembro do quarto dos meus avós, com uma cama alta e macia, com lençóis brancos e cheirosos, com um interruptor pendendo do teto, para apagar a luz... lembro da geladeira, onde eu subia num calço para alcançar... lembro de nas refeições, ter que ficar a mesa (mesmo já tendo acabado) até todos terminarem a refeição...
Meu avô era linha dura....lembro de estar correndo descalça pelo quintal, pela casa, e meu avô me ver, e me chamar com as mãos...eu já sabia o que ia acontecer, mas ia mesmo assim.... ele dava chineladas na sola do meu pé pra eu não andar mais descalça...
Lamento informar, avô, não deu certo...ainda hoje vivo descalça....!!!
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