quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Visitinha

Meu amigo da adolescência e colega da escola, Jairo (e sua Família , esposa Mara), esteve em Campinas no final de semana que passou!
Trouxeram o filho (Henrique) para prestar a primeira fase do vestibular da Unicamp.
Nos encontramos no domingo.

Almoçamos no shopping D. Pedro, depois saímos com eles para darmos uma volta em Campinas, para eles conhecerem a cidade e depois fomos ao Galleria.
Foi uma tarde bem divertida, diferente.

Nos lembramos do passado distante, comentamos sobre pessoas queridas em comum, falamos mal pra caramba da qualidade de vida de Santarém (cidade onde nasci e morei até os 19 anos), rimos um bocado e conversamos muito.

Além da alegria de estar com eles, fiquei impressionada com a mediocridade da minha cidade natal.
Eu sabia que as condições por lá eram bem difíceis, mas não imaginava o quanto eram precárias.
As ruas estão uma buraqueira só, há picos de energia constantemente (tanto que eles disseram que desistiram de regular o relógio digital da porta da geladeira, pois nunca fica mais que dois dias sem precisar regular novamente), não há internet rápida como há aqui, a maioria das pessoas usam modem da vivo, que é uma porcaria, eles levam até 5 minutos para carregar uma página da internet, mal uso das verbas públicas, falta de investimentos dos próprios negociantes de lá... Tudo tão surreal que nem parece que é Brasil.
Eles fizeram comentários, e depois eu fiquei pensando naquilo.

A esposa do meu amigo falou isso:
"Estou impressionada como aqui na cidade tem lixeiras!!!"
"Não vi uma rua com esgoto a céu aberto!"

Ela notou diferença em coisas que a gente que mora aqui, nem pensa.
Ela percebeu que não há lixo no chão, que no shopping a cada 50 /100 metros há lixeiras, e nas ruas também.

Ela percebeu que não há esgoto correndo pela meio fio das calçadas. (de certo deve haver, mas na periferia, nas invasões...)

E isso pra gente é tão corriqueiro, que a gente nem se atenta a estes pequenos traços de "civilização", e dói saber que as pessoas vivem de uma forma quase sub humana, mal feita, imunda e sem o menor respeito pelos cidadãos.

Se eu começar a falar, começo a ficar tão indignada, e fico mais P da vida, pq quem mora lá, não se move, não toma atitudes que possam melhorar o seu próprio bem estar.
As pessoas estão na merda, e estão achando ótimo.

Isso não é vida, gente!!!

É por essas e outras, que algumas pessoas que moram lá,  me chamam de "rancorosa", de "metida", de "fresca" por não querer voltar a viver chafurdada na merda!
Quem tá com razão??
Só sei que, Eu tô fora!



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