domingo, 25 de novembro de 2012

De novo 50 tons...


Estive esta semana que passou na Fnac, e fiquei assustada quando percebi que quase a metade da parte destinadas aos livros, estava expondo o famigerado 50 tons... e suas sequências.
E mais assustada ainda ao ver meninotas de 15 /17 anos, em um frenesi absurdo, loucas pelo livro (e uma até comprando escondido).

Eu li o livro, conforme disse aqui, e a minha opinião sobre ele é forte o suficiente para não ser alterada.
Ele, o livro é só um hit de marketing mundial. Só isso!
Peços desculpas a Sra E L James, por não ter tido interesse nem paciência pra ler os livros subsequentes, e olha, preciso dizer que já consumi muita Sabrina e Júlia na minha vida.
O que eu tenho que falar, é sobre o jogo de marketing que acontece através dessa história toda. 
Alguns dizem que tem a ver com a mulher descobrir a sua liberdade sexual, arriscar em outros campos do prazer e da inocência feminina. Levantaram a bandeira, ops… como assim?
Estão falando de algo que acontece há muito tempo, com surgimento de mercados voltados apenas para mulheres e as revistas femininas nunca esconderam isso (só ler uma edição antiga da Revista Nova por sinal). Todas vem com aqueles suplementos "lacrados" sobre sexo e prazer.
As vezes penso que sou uma E.T. do mundo de hoje. 
Olha que antes eu me achava uma E.T., pela rapidez que os adolescentes (ou pré-adolescentes) descobrem a tal da sexualidade, sendo que na minha época, ainda brincávamos de boneca.
Enfim, o mercado ligado a esse tema esquentou, estão sendo vendidos vários produtos por causa do livro e  vários títulos na mesma linha foram publicados....enquanto isso, um marketing está sendo feito sobre a liberdade feminina entre quatro paredes.

Poucos meios de comunicação estão indo contra esse marketing e estão fazendo o que se espera deles, tudo em nome do consumo.

 Um romance água com açúcar, que envolve um homem chato e uma menina inocente. 
Para quem quiser rir (ou chorar, tanto faz), deve ler o livro, porém, nunca considerar ele como uma obra de literatura.
Os que leram e postaram no Facebook, falaram a mesma coisa, um romance sem graça, vontade enorme de bater na tal Anastácia e depois no Sr. Grey. Sobre o tal erótico é considerado um romance de banca de jornal apimentado. 
Resumindo, quem esperava ver boas críticas, acaba desistindo de ler pensando na seguinte frase “por que vou perder meu tempo e dinheiro comprando algo que não vai acrescentar em nada na minha vida?”
O que é mais legal de tudo isso, é que a campanha de marketing em cima de uma literatura feminina erótica funcionou e como funcionou, já que o número de livros vendidos é enorme, fazendo que mercado especializado abra espaços dedicados a quem procura ser uma Anastácia um dia e transformar seu marido, namorado ou seu caso, em um senhor Grey.



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